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Relato de experiência como professora

  • Foto do escritor: Clara Micaela
    Clara Micaela
  • 9 de mai.
  • 2 min de leitura


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Lembro-me de brincar de ser professora durante boa parte da minha infância. Pegava os cadernos e as pastas de arquivos dos meus pais e fingia estar entrando em uma sala de aula e ensinando para meus alunos - na época eram minha cachorrinha, minha gata e alguns ursinhos de pelúcia. Essa brincadeira ficou escondida por muito tempo… 


Em 2022, com 25 anos e concluindo minha especialização em Psicologia Jurídica, resolvi me aventurar em um campo que há anos eu já namorava: a docência.


A partir de uma indicação, consegui uma vaga como professora RPA na Factum para ministrar uma disciplina que aquece meu coração: Psicologia Jurídica e Forense.


Foi uma das experiências mais gratificantes — e também um grande desafio. Elaborar o conteúdo das aulas, pensar em dinâmicas, provas, trabalhos, em como avaliar os alunos, como fomentar o pensamento crítico e a discussão saudável dentro da sala… enfim, era um desafio bom. Me instigava.


Além disso, havia o fato de eu ficar extremamente envergonhada quando diziam: “Mas tu, professora? Com essa carinha de novinha?”. Muitas vezes, a síndrome da impostora aparecia, apesar da minha prática, dos meus estudos e do meu domínio sobre o assunto. Precisei construir uma postura de credibilidade profissional e reafirmar para mim mesma que eu poderia estar ali — e que daria o meu máximo para fazer um bom trabalho.


Tive muita sorte de contar com alunos tão queridos, colaborativos, curiosos e participativos. Aprendi muito com as nossas trocas. Fazer parte da trajetória profissional de alguém, poder ensinar sobre teoria, técnica, mas principalmente sobre ética e cuidado, é algo recompensador demais. Felizmente eu tive o privilégio de ser aluna dos meus professores, e me inspirei neles quando foi a minha vez. Espero ter feito um bom trabalho. 


Sou eternamente grata à minha chefe, Fabi, pela oportunidade. Quando aquele meu contrato terminou, iniciei o mestrado. Um ano depois, voltei à Factum para ministrar essa e outras disciplinas. Foi mais um ano repleto de (outros) desafios.


Optei por sair após esse período, em razão de novos caminhos na vida pessoal, mas olho com orgulho para o desafio que me aventurei e das pessoas que conheci no caminho. 


Por fim, compartilho uma frase com vocês do livro “ao professor, com carinho” de Rubens Alves, que recebi de uma aluna chamada Luana:


“A cabeça pode esquecer, mas aquilo que foi aprendido com o coração não é esquecido nunca” 




 
 
 

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